domingo, 8 de março de 2015

SER PROFESSORA: Avaliar e ser avaliada

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO - CCAE
DISCIPLINA: Avaliação de Aprendizagem
PROFESSOR: Joseval Miranda.
ALUNA: Jesica Nascimento da Silva

SER PROFESSORA: AVALIAR E SER AVALIADA
FICHAMENTO

A professora deve informar o que cada aluno e aluna sabe e atribuir um valor a seus conhecimentos. Tarefa árdua, constantemente aprendida como um processo simples. (p.13)

 “É dificil ser professor em meio a tantas dificuldades e mesmo assim o professor consegue destinguir as qualidades e problemas de cada aluno numa sala de aula”

A avaliação como tarefa escolar, para estudantes e professores, inscreve-se num conjunto de práticas sócias que tomam o conhecimento como meio para manipular e dominar o mundo, percebido mediante uma concepção mecanicista da natureza [...]. (p.15)

“Não é muito facil para um educador que tem a responsabilidade de dizer através de uma nota o quanto o aluno sabe e o quanto isso vai infuenciar na vida de ambos, afinal, não é só o aluno que espera essas notas mas tambem sua familia e outros funcionarios da escola que tem um peso significante nesta atividade e é através de numeros que se chega a esse resultado, aprovado ou não”

Os diversos instrumentos de avaliação viabilizam o distanciamento entre o sujeito que conhece neste caso a professora que avalia do objeto de conhecimento, aqui representado pelo estudante que esta sendo avaliado. (p.16)

“ Praticar o exame em sala de aula faz com que o professor se afaste de seu aluno pois ambos possuem seus papeis e vivem num contexto onde cada um tem sua responsabilidade e que se não cumprila corretamente terá uma punição que sera a nota baixa ou em maior degrau a repetição do ano letivo.”

A avaliação, assim considerada, não se refere a aprendizagem e ao ensino como processos interativos e intersubjetivos, mas sim ao rendimento como resultado verificável(barriga,2001), que pode ser medido, nomeado, classificado e hierarquizado.(p.18)

                                                      “Neste contexto a avaliação que mostre resultados é a que realmente interessa, deixando de lado todas as partes e se importando apenas com numeros.”

A avaliação do rendimento escolar, indispensável ao processo classificatório, inscreve-se nas praticas social, cujo objetivo ao examinar é vigiar e punir, como tão bem demonstrou Foucault. Na escola, a aprendizagem, assim como o ensino, seria decorrência de um sistema eficiente de vigilância e de punição facilmente traduzível em provas, testes, notas, conceitos, recuperação, aprovação e aprovação. (p.19)

“ Todo  professor sabe que se se um aluno é ruim em um determinado conteudo dado em sala de aula isso não quer dizer que ele é ruim em todas as disciplinas, mas é através daquela nota ou resultado atribuido que o professor irá medir o conhecimento de seu alunado ”

O cotidiano escolar mostra como é frágil à definição do que sujeito do conhecimento e do que é o objeto de conhecimento a avaliação remete a uma ação da professora sobre os alunos e alunas, muitas vezes vista como uma relação de poder. (p.20)

“Como vimos aqui , é visivel o quanto o aluno é fragil diante da forte relação de poder que o professor tem sala de aula e dessa forma se torna fragil e inseguro diante da situação.”

Como a centralidade da prática avaliativa na modalidade classificatória está no controle, mesmo quando o (a) aluno (a) negasse a participar do processo ou a realizar alguma tarefa, seu rendimento é medido ou ao menos é o que se pretende. (p.22)

“Até  em o aluno não querer fazer a atividade esta sendo avaliado, afinl, o propósito do professor de qualquer professor é este, avaliar .”

No cotidiano escolar, avaliando e sendo avaliada a professora vai aprendendo duas lições contraditórias; é preciso classificar para ensinar; e classificar não ajuda ensinar melhor, tampouco a aprender mais- classificar produz exclusão e para ensinar é indispensável incluir. (p.23)

                                                           “A educação nesse ponto de vista fica muito confusa e com muitas duvidas, e isso deixa algumas perguntas no ar como por exemplo se  o aluno precisa ter notas  boas para mostrar que conseguiu obter um bom resultado, então se tirar notas baixas não conseguira chegar a nenhum lugar e de consequencia não tem condições de melhorar em sala de aual ?”

A avaliação realiza-se com a compreensão de que o ato do conhecimento e o produto do conhecimento são inseparáveis. (p.31)

“O aluno e o professor neste contexto é algo que não se separam, pois não existe alguem para aprender sem ter quem ensine.”

A avaliação vem marcando expondo, classificando e excluído os alunos e alunas que não aprende os professores que não ensinam as famílias que não colaboram, os funcionários que não tem competência. (p.33)

“Diante do exposto, o resultado de como o aluno conseguiu chegar ao final do ano letivo depende não somente dele mas de todo o contexto escolar, familiar e tudo ao seu redor. ”

(...) O que abre a possibilidade de avaliar com o outro em que avaliar é indagar e indagar-se num processo compartilhado, coletivo, em que todos se aventuram ao conhecimento buscando o autoconhecimento. Processo em que a interação sujeito-sujeito é indispensável e insubstituível. (p.34)

                                                    “Todos nós somos avaliados, observados e recebemos notas mesmo que sejam minimas, todavia uma escola é uma familia que precisa do cuidado de todos e precisa de todos paraexistir e seguir em frente.”

REFERENCIA
ESTEBAN, Maria TERESA. Ser professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Escola, currículo e avaliação. 2. Ed. São Paulo, Cortez, 2005, p.13-37.


Diante das dificuldades da vida  de docente,  avaliar um aluno ou a turma toda tornou- se cada vez mais complexo, pois, ser de fato professor requer todo um cuidado especial com a educação  .

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